terça-feira, 19 de julho de 2011

POR QUANTAS VEZES VOCÊ VAI SE APAIXONAR?

Existe uma parte da história de cada um de nós que muitos gostariam de folhear correndo, mas que é necessário atenção a cada palavra escrita em nossa existência. Falo aqui de um assunto no qual poucos passam ilesos, portanto, vale o questionamento: Por quantas vezes você vai se apaixonar? Essa é uma pergunta complicada, já que o tempo de vida de cada um é algo indeterminado.
“Eu não me importaría em dividir meu lanche contigo se você sentasse sozinho”. É ai que começa, na infância. O sentimento mais angelical e puro. Aquela sensação de gostar por conta do sorriso da outra pessoa, e mais nada. Quando o tempo passa, você descobre outras sensações e sua percepção quanto ao mundo e as outras características das pessoas mudam. Então, é na adolescência que o ser humano vivencia o amor mais intenso que ele pode escolher viver. O ato de se entregar a uma emoção nunca antes explorada de tal maneira e percebendo-se passar do sutil sentimento de exatidão para o de totalidade. A paixão da adolescência é aquela que não precisa ser certa, mas será sempre a mais forte.
Tempos depois, com a idade adulta, o ser humano vai deixar as asas da imaginação de fora, e vai passar a usar o chapéu da maturidade. “A escolha da pessoa amada será feita a dedo, medindo muitas vezes características essências” que a outra pessoa deve ter, se não ... não vale o investimento (?). Constrói-se então um chão sólido onde as duas pessoas deveram se encontrar e construir juntas os alicerces do futuro que ambas irão compartilhar.
Acabo de decorrer sobre a teoria apresentada por Helen Bee, que aborda o tema sobre a perspectiva da psicanálise. Será que é assim mesmo que acontece em nossas vidas? Quantas paixões serão necessárias para que por fim alguém encontre o “até que a morte nos separe”?
Essa pergunta, como você já deve presumir, é relativa, pois cada um passa de uma forma pela vida, entretanto compartilhamos de um mundo só.
Hoje, uma amiga me ligou e, chorando, me contou sobre um cara que era um de seus melhores amigos pelo qual ela se apaixonou e depois de um bom tempo juntos ele se demonstrou outra pessoa, agindo de forma egoísta como se os sentimentos e vontades dele se sobressaíssem aos dela. Por quantas vezes você já passou por isso?
Acredito que o grande desafio é passar por essas varias paixões que a vida oferece de forma intacta, tentando preservar a imaginação da adolescência, quando a fé e a esperança ainda andam lado a lado; caso contrario todo sentimento perde a magia, não que as pessoas se importem...
Como eu já disse, cada um percebe o mundo de uma forma e talvez tenhamos sim que ser sábios ao tomar certas escolhas quanto a pessoa que vamos nos deixar envolver, é um caso de respeito conosco mesmo. Em um mundo momentâneo onde tempo e produtividade andam lado a lado, talvez esqueçamos do nosso valor e, o mais importe, esqueçamos também que é preciso calma, uma escolha mal feita pode sim trazer prejuízo.
Devemos nos libertar desta idéia de prontidão. Nosso mundo interno tão tem necessariamente que funcionar da mesma forma que o externo. Nenhuma dor vem desacompanhada, traz consigo uma sabedoria por trás do sentimento. Sabedoria esta mais ligado a forma de absorção destas vivencias do que a idade. Apaixone-se quantas vezes for necessário e não esqueça de que tempo não é dinheiro, é oportunidade.

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